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domingo, 8 de outubro de 2017

Bolo de laranja de liquidificador

Bolo de laranja de liquidificador

Só pra constar. Nem precisava ter esta receita aqui porque você pode encontrá-la fartamente por aí. Porém, como perguntaram a receita no instagram, deixo registrada aqui também. Gostaria de saber quem inventou para creditar decentemente a fórmula, mas parece que isto já se perdeu. Por isto, já aviso que não inventei nada desta vez. Só copiei o que parece ser de domínio público e resisti a mudanças - não diminuí nem o açúcar. Acredita? Mas pode diminuir um pouco, sim. Vai ficar menos dourado, mas acho que ficará melhor. Uma pitada de sal também vai bem.

Com café fresco. Nhac! 
Bolo de laranja
Basta bater no liquidificador 3 ovos, 200 ml de óleo, 1 e meia xícara de açúcar e 1 laranja inteira cortada ao meio, sem sementes e sem o miolo branco. Eu usei laranja bahia e por isto ele ficou bem amarelinho e com sabor suave. Acrescente 1 e meia xícara de farinha de trigo e bata mais. Junte1 colher (sopa) de fermento em pó e continue batendo. Se seu liquidificador tiver dificuldade pra bater a farinha de trigo, deixe esta mistura pra ser feita numa tigela: coloque na tigela farinha e fermento peneirados, jogue por cima a mistura do liquidificador e mexa pra homogeneizar, sem precisar bater. Despeje em forma com buraco no meio untada com manteiga e enfarinhada. Asse em forno médio pré-aquecido por cerca de meia hora ou até que ao enfiar um palito no meio ele saia limpo. Desenforme e jogue por cima uma calda feita com geleia diluída em suco de laranja ou faça como eu que simplesmente misturei um pouco de suco de laranja com açúcar - mais ou menos suco de uma laranja pera com umas 3 colheres (sopa) de açúcar. Joguei por cima enquanto ainda estava quente.  E nhac!

Obs: minha vizinha Maria faz um também delicioso usando esta mesma receita. Só que ela acha muito forte o sabor da laranja. Então, ela usa só o suco de 1 laranja e meia. O resto é igual.
 
https://come-se.blogspot.com.br/2017/03/bolo-de-laranja-de-liquidificador.html

Pão de forma integral com fermentação natural

Pão de forma integral com fermentação natural

Fazia tempo que estava com vontade de fazer um pão assim, sovado maleporcamente. Mas nunca tinha coragem. Até que ontem estava já quase na cama quando lembrei que deveria fazer um pão pra deixar, pra levar pra viagem. Qualquer pão feio com uma boa farinha e um bom fermento será melhor que os que a gente encontra nos mercados por aí. Então desci até a cozinha, misturei o fermento,  que por sorte tinha reformado um dia antes, com as farinhas, a água, o sal, os grãos. Só misturei, tampei e fui dormir. Hoje de manhã a massa estava meio crescida já. Dividi em três, ajeitei em formas de bolo inglês untadas e enfarinhadas e deixei retomar o crescimento. Fui resolver umas coisas na rua, fiquei fora umas três horas e quando voltei a massa estava bem crescida. Assei no forno a gás bem alto nos primeiros 20 minutos, diminuí um pouco e deixei completar uma hora. Desenformei, cortei e nhac! A textura ficou muito boa.

O modo de preparo já expliquei. Agora a fórmula:


Pão de forma integral com levain 

400 g de levain reformado e fermentado  (fermento natural - se não tem, comece um - tenho este post onde ensino do começo)
1 kg de farinha de trigo (600 g branca, 400 g integral) de preferência orgânica
100 ml de azeite
3 colheres (açúcar mascavo)
600 ml de água - junte mais se a massa estiver muito dura
1 colher (sopa) de sal
1 xícaras de sementes (girassol, linhaça, gergelim etc)

Misture tudo, deixe repousar até começar a crescer, separe em 3, coloque em formas untadas e enfarinhadas. Espere crescer. Asse por uma hora (mais quente nos primeiros minutos e um pouco menos depois)
 
https://come-se.blogspot.com.br/2017/05/pao-de-forma-integral-com-fermentacao.html

Folhas de moringa refogadas com pimenta

Folhas de moringa refogadas com pimenta



Já falei de moringa aqui no Come-se quando eu conheci a planta. Sei que ela está virando aquele tipo de planta milagrosa, super alimento, alimento da moda, mas moda vem e vai e você fica com o que acredita. Eu acredito que é um alimento fantástico pelo simples fato de ser vegetal e perene. Imagine você ter um pé de couve que não precisa de cuidados, pode estar em qualquer praça e ainda te dar alimento por toda a vida. Não só as folhas que se parecem com couve no sabor, mas também as vagens e as flores. Só por isto já sou fã. Se é rica em ferro,  cálcio etc, melhor ainda, já que todo vegetal é por natureza fonte de vitaminas, minerais e fitoquímicos. Se tem mais disso tudo que as outras, sorte nossa, mas não vamos achar que é a solução da pátria. O bom é ter diversidade e não monotonia e regras - tipo tomar o chá da moringa três vezes por dia, comer uma colherada de pó de moringa em toda refeição.  Estas medidas só valem em situações extremas. De resto, vamos comendo vegetais por prazer que coisas boas eles vão nos dar e vamos ter saúde suficiente para não precisar ir além do que nosso corpo precisa.

As folhinhas podem ser lavadas coletivamente e destacadas dos galhos bastando puxá-las entre os dedos, deixando pra trás os galhos mais grossos. Os fininhos podem ser deixados se não quiser tirar um a um - aí sim dá um pouco mais de trabalho. É mais fácil, no entanto, que lavar e picar couve. E basta um refogado rápido pra ficar delicioso.

Bem, aqui está os posts onde já falei delas. Das folhas, flores, vagens.
https://come-se.blogspot.com.br/2009/01/encontrei-filha-da-mrs-pillay-ou-ndia.html
https://come-se.blogspot.com.br/2009/01/receitas-com-drumstick-da-shakuntala.html
https://come-se.blogspot.com.br/2009/01/receitas-com-drumstick-moringa.html

Com arroz com guandu e ovo.  E nhac! 


Folhas de moringa com mangarito 

1 colher (sopa) de óleo ou azeite
meia cebola picada
1 pimenta dedo-de-moça picada
10 mangaritos pequenos fatiados bem finamente
Sal a gosto
2 xícaras de folhas de moringa lavadas e tiradas dos galhos

Aqueça numa frigideira o óleo e junte a cebola, a pimenta e o mangarito. Deixe refogar até começar a dourar a cebola e o mangarito ficar macio. Junte as folhas de moringa e mexa até que murchem e fiquem macias. Tempere com sal e sirva como acompanhamento.

Rende 2 porções

https://come-se.blogspot.com.br/2017/06/folhas-de-moringa-refogadas-com-pimenta.html

Canjiquinha soltinha com magarito e castanhas de caju

Canjiquinha soltinha com magarito e castanhas de caju



Com o perdão do diminutivo, não faria sentido neste caso dizer canjica solta. Canjiquinha é quirerinha, milho sem pele quebrado. E soltinha porque ninguém diz arroz solto, mas soltinho. O fato é que nem sempre faço canjiquinha cremosa. Às vezes gosto de fazer como arroz, inclusive na máquina de arroz - ou no fogo baixo. Cozinho com o dobro do volume em água, igual arroz. Um pouco de sal e manteiga, opcional, a gosto. Quando não restar mais água e o milho estiver cozido, é só passar por uma peneira grossa pra soltar os grãos. E a partir daí eles podem ser tratados como cuscuz. Pra comer com ovo, pra regar com leite, pra servir com carne moída, ovo e vinagrete,  pra fazer as vezes de um cuscuz marroquino com carne e legumes ou na forma de salada. E pode ser guardado na geladeira que continuará soltinho. Na hora de servir, basta reaquecer no vapor de uma cuscuzeira.  Uma xícara dá tranquilamente para três porções.

Passe pela cesta de fritura pra ficar soltinho 

Minha versão de cobertura: para cada pessoa, uma colher de sopa de manteiga salgada. Derreta a manteiga com castanhas de caju a gosto. Quando começar a dourar, junte a gosto um tanto de mangaritos aferventados com casca e fatiados. Misture com a manteiga e junte um pouco de flores de brócolis aferventadas. Basta despejar por cima dos grãos e Nhac!
 
https://come-se.blogspot.com.br/2017/07/canjiquinha-soltinha-com-magarito-e.html

Pão azul de jenipapo com flores de lavanda

Pão azul de jenipapo com flores de lavanda

Antes de fazer esta receita, você precisa saber o que é o leite azul e o jeito de fazer está explicado aqui neste post sobre jenipapo verde.  E se você ainda não tem um fermento natural pra chamar de seu, eu ensino a fazer do zero aqui.  Só lembrando que a quantidade de jenipapo usada é muito pequena e por isto o sabor natural do pão não é alterado. É só mesmo a cor.  Qual a vantagem? Nenhuma. É pura diversão. 

Corte antes de levar ao forno. Se quiser, use um estencil e polvilhe farinha 
Pão azul de jenipapo
200 g de levain reformado e borbulhante
300 ml de água + 50 ml de leite azul bem forte (dependendo da farinha usada, pode precisar de mais água - eu uso a Paullinia orgânica, que pede mais água que isto
½ colher (sopa) ou 10 g de sal
500 g de farinha branca 
4 flores de lavanda fresca debulhada 

Dilua o levain com a água com o leite. Junte a farinha de trigo de uma só vez e vá acrescentando mais água se for preciso para fazer uma massa homogênea e um pouco pegajosa. No final, junte as flores de lavanda. 
Passe para uma vasilha limpa untada com óleo, feche e espere de 15 a 30 minutos. 
Faça dobras na massa, espichando e dobrando para cima como se fosse um embrulho.  Espere meia hora.  
Repita as dobras. Cubra e espere de 15 a 30 min. 
Repita as dobras. Cubra e espere de 15 a 30 min.  Modele e coloque numa cestinha com pano enfarinhado. Cubra com plástico e espere crescer por cerca de 2 horas ou até que ao enfiar o dedo a massa retorne rapidamente à posição inicial.
Preaqueça o forno a 250 ºC (e, dentro dele, uma panela de ferro / barro e sua tampa)
Coloque a massa na panela (só enfarinhada), tampe e deixe assar por 20 minutos.
Destampe, abaixe a temperatura para 230ºC e deixe assar mais 20 ou 30 minutos.
Desenforme, deixe esfriar totalmente numa grade e fatie só depois de frio. 

Nhac!   FONTE:https://come-se.blogspot.com.br/2017/08/pao-azul-de-jenipapo-com-flores-de.html

Igarapé Bem Temperado. Baião de Doido

Igarapé Bem Temperado. Baião de Doido


O fato é que fui postando no meu instagram o Festival Igarapé Bem Temperado em tempo real. E agora não sei por onde começar. 

Aliás, se quiser acompanhar o que ando fazendo quando não estou no blog é só espiar lá. E qualquer pessoa pode ver mesmo pelo computador. É só entrar aqui: https://www.instagram.com/neiderigo/?hl=pt-br .  Eu mostro e ensino várias coisas, quase como no blog. 

Como não sei como começar, de tão bom que foi este festival, de tanta coisa que vi e aprendi, de tão grata que fiquei com o convite, que pra não me demorar muito começo pelo final. Cheguei em Igarapé na quarta-feira e só vim embora no domingo. Então deu tempo de ver muita coisa, conhecer pessoas muito especiais e aprender muitas técnicas esquecidas.  O festival é protagonizado há mais de dez anos por cozinheiras locais, senhoras detentoras de todo o conhecimento da cozinha de quintal. E visitei quintais, ganhei mudas, conheci verduras que por aqui chamamos de Panc - plantas alimentícias não convencionais. Lá, taioba, cansanção, malvarisco, ora-pro-nobis, beldroega, caruru, umbigo de banana, capiçoba (maria nica)  etc, são plantas comuns que vão pra panela. A guasca é conhecida por lá como "coitadinho" e ninguém comia. Agora já sabem que é comestível. 

Mas, vamos lá, no último dia, no lugar das cozinheiras locais, o palco da cozinha show - com forno e fogão de lenha, foi ocupado por nós: os jovens cozinheiros Lucas Mourão, do www.jacaverde.com, Gabriela Harue e eu. Decidimos um dia antes o que faríamos. Ideia daqui, ideia dali, nasceu o Baião de Doido, no qual usaríamos lascas de macaúba em vez de queijo e no final acidificaríamos com limão-doido (como é chamado o limão cravo por lá). Ou seja, fizemos um arroz, feijão e mistura com ingredientes locais e não é pra nos gabar, não, mas ficou bem bom. Usamos o disco de arado, que é o equivalente tupiniquim à paellera espanhola ou a wok chinesa. Fizemos, claro, sem receita. Lucas providenciou vários ingredientese, coletou coquinho, tirou a castanha,  e fomos misturando na hora. Mas como fiquei na beira do fogão, acho que me lembro mais ou menos as quantidades e a ordem em que fui colocando os ingredientes. 

Baião de Doido. Criação coletiva de Neide Rigo, Lucas Mourão e Gabriela Harue 

Meia xícara de azeite ou óleo de girassol 
1 xícara de coquinho de macaúba picado grosseiramente 
4 cebolas picadas 
1 cabeça de alho socado no pilão 
1 pimentão verde picado 
1 pimentão amarelo picado 
Umas 10 pimentas de cheiro picadas sem sementes 
1 xícara de pimenta biquinho 
1 colher (sopa) de colorau (urucum) 
1/2 colher (sopa) de açafrão-da-terra (cúrcuma em pó) 
Meio quilo de tomate cereja 
2 xícaras de frutos de ora-pro-nobis 
3 litros de verduras panc picadas: capiçoba (maria nica), beldroega, serralha, guasca (coitadinho), mostarda 
2 xícaras de lascas de coquinho macaúba 
1,5 litro de feijão guandu cozido 
2 litros de arroz cozido já com sal 
10 unidades de limão-doido (como é chamado o limão rosa por lá) cortados em 4 

Aqueça o tacho de disco de arado no fogão de lenha, coloque um pouco do óleo e os coquinhos. Deixe dourar e tire com escumadeira e reserve. Coloque a cebola e o alho e deixe começar a dourar, mexendo sempre. Separe um pouco de cada ingrediente que queira usar para enfeitar o prato no final (tomate, frutos da ora-pro-nobis, pimentões, pimentas, lascas de coquinho). Junte os pimentões,e as pimentas e misture bem. Deixe cozinhar até o pimentão amolecer um pouco. Acrescente o urucum e o colorau e misture. Acrescente o tomate, os frutos da ora-pro-nobis e as verduras. Assim que murcharem, junte as lascas de coquinho, o arroz e o feijão. Misture bem com cuidado, tempere com mais sal. Prove e corrija, se necessário. Deixe apenas ficar bem quente. Se achar necessário, junte mais arroz ou feijão, conforme o gosto. Esprema limão doido na superfície e sirva no próprio disco, decorando com os coquinhos e os outros ingredientes reservados. Em volta coloque os pedaços de limão doido. 

Rendimento: pra muita gente! 



Com novos amigos queridos Gabriela e Lucas. Em pé, os guerreiros Stan e Letícia, organizadores do Festival Igarapé Bem Temperado (veja no instagram @igarapebemtemperado).  Além de queridos, são profissionais idealistas e apaixonados genuinamente pelas artes esquecidas e pela história da cozinha mineira. 


Fila pra comer nosso "baião de doido no disco de arado" feito no fogão de lenha. Arroz, feijão guandu, lascas de macaúba, tomatinho da roça, pimenta de cheiro, fruto de ora-pro-nobis, pimenta biquinho, urucum, cúrcuma, capiçoba, beldroegas, serralha, guasca, folha de mostarda, castanha de macaúba, limão-doido (como é chamado aqui o limão-cravo, 
 
FONTE:
https://come-se.blogspot.com.br/2017/09/igarape-bem-temperado-baiao-de-doido.html

Peixes do Pará. E outros aquáticos

Peixes do Pará. E outros aquáticos

Ovas de gurijuba 
As coisas por ali são regidas pela água e os peixes de mar e de rio estão presentes desde o café da manhã, como pude comer logo cedo no mercado Ver-o-Peso, com farinha e açaí. Além dos fresquíssimos peixes do mercado, há ovas e produtos secos como peixe pirarucu e ainda crustáceos, como o mini camarão aviú, e a farinha de peixe seco e desfiado chamada de Piracuí.

Em 2008 já postei aqui alguns desses peixes. Você pode conferir aqui: http://come-se.blogspot.com.br/2008/03/nomes-e-preos-de-peixes-amaznicos.html. E ali: http://come-se.blogspot.com.br/2008/04/peixes-amaznicos.html. Por isto, deixo aqui apenas algumas fotos.

Filhote

Gurijuba

Filhote

Pescada Amarela

Pescada branca

Pescada Gó

Piracuí 

Aviú

Camarão seco, piracuí e aviú 


Dourada 

Pirarucu 

Pitu


Pratiqueira 

Pratiqueira 

Tamuatá 


Tucunaré https://come-se.blogspot.com.br/2014/06/peixes-do-para-e-outros-aquaticos.html